quinta-feira, 12 de novembro de 2009

From UK (vs) Emo, a diferença entre as tribos

Sobre o estilo From UK:
Jovem Hashii Stanford Gorgeous cria estilo From UK que agora faz sucesso por quase todo o Brasil,Cabelão armado e popularidade na internet são preocupações desta turma.
Apostaram no megahair e migraram para uma nova tribo que é chamada de “From UK”.

Não à toa, o estilo não passa despercebida. Nos cabelos, em geral tingidos de preto, a franja ainda é um traço marcante. As meninas acrescentam à base superarrepiada apliques ultralisos. Já os rapazes adotam um “mullet” desestruturado,o kit maquiagem das garotas também é forto: o olhar ganha destaque com delineadores, rímel e sombras escuras,coloridas etc. Os meninos, ao contrário dos antigos emos, abandonaram o lápis preto que contornava os olhos tristonhos. Entretanto, pó branco,piercings nos lábios, septo e alargadores de orelha são bem vindos.
As calças jeans justíssimas para meninos e meninas segue firme. Mas elas trocaram os tênis quadriculados – um hit entre os emos – por scarpins, botinhas plataformas,all star branco e Nike dunk. “Compro roupas na Galeria Ouro Fino e nas lojas Marisa. O espírito é rocker, mas tem que ser diferenciado de alguma forma”, explica, a estudante Isabela.
A preocupação excessiva com o visual tem motivo. A turma do “From UK” parece disputar entre si um ranking de popularidade na internet. Em fotologs, perfis e comunidades no Orkut fazem questão de se esbanjar estilo em imagens bem produzidas para angariar o maior número de admiradores possível.

A maioria da turminha "from UK" é menor de idade, tem entre 14 e 23 anos. As noitadas, portanto, ainda não são permitidas pelos pais. A saída é se jogar nas matinês roqueiras onde dançam e ouvem sons de bandas de nome comprido como Funeral For a Friend, Bullet For My Valentine,Bring me the Horizon,Millionaires,Bonde do Mainstream,Bonde do rolê etc - tudo descoberta no Myspace.

Não importa a localidade, os “From UK” costumam repetir um mantra comum: “não me encaixo em rótulos”. Traumatizados com a perseguição sofrida no passado emo, asseguram que tudo é questão de atitude.

“Tem muita gente ‘paga pau’, que vê o ‘estilo’ e pede pra ser meu amigo. A gente dá um status para quem não é pop”, diz Betina, que entre os seus 900 amiguinhos de Orkut é conhecida como “Cindy”.

Os “nicks” (apelidos) fazem parte do marketing “From UK” para se tornar uma “celebridade” adolescente no mundinho virtual. Maira é conhecida como “Panda” e Isabela é “Fizzy”.

“Uma menina pediu para ser minha amiga no Orkut e ajudá-la a se transformar em ‘UK’. Estou tentando colaborar, mas ela é tão patricinha...”, desabafa “Fizzy”.

From UK virou um novo estilo de moda. As meninas usam cabelo com franja do lado, roupas bem coloridas e excêntricas,algumas blusas pretas de esqueleto,camisas coloridas de bichinhos conhecidos como Gloomy Bear e derivados... Usam bota plataforma, saia, tomara - que - caia, casaco de pelo, bolsas enormes, e estampas como bolinhas,oncinha e leopardo.

Os garotos são bastante inspirados no Hashii Stanford,criador da tribo que adiciona tudo de seu gosto em seu estilo From UK e até mesmo alguns se inspiram também no Oliver Skyes, líder do Bring The Horizon, um grupo inglês de deathcore.
O tipo de música que eles ouvem é o metalcore,funk alternativo e eletronico.

From uk mais na realidade é um estilo de vida de se vestir andar e agir..
são muito faceis de serem confundidos com os emos,principalmente com aqueles que não são atualizados entre tribos,modas etc,mais conhecidos como ignorantes da sociedade.
porém se for reparar na pratica e na teorica são totalmente diferentes:≈ From UK não é emotivo.
≈ Não curte emocore e derivados.
≈ São debochados e ironicos.
Alguns falam, que é derivado do emocore, mais na realidade não.
Devido a pesquisas a finalidade From Uk já existia antes dos Emos,que no qual o estilo é mais inspirado no proprio Hashii Stanford e no estilo gringo chamado Scene Kids.

Caracteristicas:

≈ Cabelo loiro branco repicado com umas mechas coloridas super style!
≈ Calças coladas
≈ cordões como: soco inglês,gloomy,jack e derivados...
≈ Camisetas com as bandas que estão bombando no myspace
≈ All star branco, mad rats,Nike dunk hi etc.
≈ Ter um Myspace ou Vampirefreaks!

Sobre o estilo Emocore:
A tribo vem tomando conta das ruas das grandes e pequenas cidades de todo mundo. O nome Emo vem de Emotional Hardcore, vertente do punk que mescla som pesado com letras românticas.
O gênero emocore nasceu em Washington, na década de 80, para designar bandas que tocavam letras introspectivas, com batida pesada. Hoje, as principais são Good Charlotte, The Used e My Chemical Romance. “É uma vertente do hardcore, por sua vez fruto do punk. Mas os punks têm letras políticas, enquanto as composições emos falam do que os adolescentes sentem”, diz Marco Badin, dono da casa noturna Hangar 110. Essa é a chave do sucesso do emocore. Emos são expansivos. Gostam de trocar elogios, abraços e beijos em público. Ainda que não tenham um relacionamento, amigas emos se chamam de 'maridas'. 'As pessoas precisam cada vez mais dizer e ouvir um “eu te amo”. De nada vale ser o fortão', diz o jovem emo Rafael.
Mas o que distingue os emos não é só a música, e sim as atitudes. Eles têm em média entre 11 e 18 anos e, nas roupas, são capazes de misturar as botas do punk, o colar de Wilma, a mulher de Fred Flintstone, e uma camiseta com a gatinha Hello Kitty. Não escondem os sentimentos, expressam abertamente suas emoções, preconizam e praticam a tolerância sexual.
“Os emos têm um estilo de vida compatível com minha sexualidade. São menos preconceituosos”, diz o paulistano Rafael Adami, de 15 anos, que afirma já ter namorado meninos e meninas.
“Gosto de meninas, mas isso não me impede de achar o estilo de outro cara legal”, diz o gaúcho Douglas Palhares, de 17 anos.
“Nossa sociedade é discriminadora”.Rola mais preconceito contra os meninos emos. Só porque eles são sensíveis”.Fernanda Rocha, 17, que namora o emo Bruno Tonel.
Esse tipo de comportamento tem alarmado muitos pais. 'Estranhei quando ele começou a pintar os olhos e as unhas', diz Dalva Bonfim, mãe de Rafael, que afirma ser bissexual. 'Fiquei deprimida quando ele me contou. Mas, mesmo sem aceitar, respeito a opção dele.' Também há um enorme preconceito contra a tribo. Não é incomum que os emos sejam insultados ou até agredidos por outros jovens. Na Galeria do Rock, em São Paulo, onde se reúnem às sextas-feiras, são freqüentes arrastões em que a garotada, perplexa, é expulsa do local a tapas por punks mais velhos - supostamente, a inspiração dos emos. ä Os próprios donos das lojas desconfiam da presença infanto-juvenil, dizem que os emos espantam fregueses. Na escola, a discriminação também é forte. Um adolescente emo de um tradicional colégio paulista foi alvo de agressão dentro da escola depois de publicar no Orkut uma foto em que beijava um colega. Teve de sair da escola e hoje está em intercâmbio na Europa. 'Na rua, tem gente que me chama de sapatão', diz a emo Laura Battaglia, de 14 anos. Os comentários mais maldosos ficam para os meninos. 'Já disseram que eu era gay e me chamaram de emocinha', diz Bruno Tonel, de 17 anos, de São Paulo.Ele diz namorar uma garota emo e afirma não se importar em ter amigos sexualmente flexíveis.

Para Regina de Assis, doutora em Educação pela Universidade Columbia, a tolerância é o traço de comportamento que distingue os emos de outros jovens. 'A atitude dos emos irrita outros jovens porque eles não temem os sentimentos, enquanto a maioria dos adolescentes busca afeto optando pela agressividade', diz. Há várias comunidades no Orkut dedicadas a atacar os emos. Os nomes de algumas beiram o bizarro, como 'Hitler também era emo'. Alguns fãs de música emocore afirmam que existem muitos 'paraguaios' - gíria usada pela turma para caracterizar aqueles que se fazem passar por emos sem entender nada da cultura. Muitos nem gostam da música, mas adotam as mesmas roupas e acessórios.
Em menos de um ano, os emos invadiram as ruas dos centros urbanos do Brasil. Em São Paulo, eles se reúnem na saída das escolas, em lojas de artigos de rock, em shows no Hangar 110 ou em casas noturnas como Attari e A Torre. Por serem muito jovens, não ficam até altas horas da madrugada na balada. 'Quando saio, volto para casa à meia-noite', afirma Fernanda Rocha, de 17 anos.
A nova tribo vem tomando conta das ruas das grandes e pequenas cidades de todo mundo. O nome Emo vem de Emotional Hardcore, vertente do punk que mescla som pesado com letras românticas.
O gênero emocore nasceu em Washington, na década de 80, para designar bandas que tocavam letras introspectivas, com batida pesada. Hoje, as principais são Good Charlotte, The Used e My Chemical Romance. “É uma vertente do hardcore, por sua vez fruto do punk. Mas os punks têm letras políticas, enquanto as composições emos falam do que os adolescentes sentem”, diz Marco Badin, dono da casa noturna Hangar 110. Essa é a chave do sucesso do emocore. Emos são expansivos. Gostam de trocar elogios, abraços e beijos em público. Ainda que não tenham um relacionamento, amigas emos se chamam de 'maridas'. 'As pessoas precisam cada vez mais dizer e ouvir um “eu te amo”. De nada vale ser o fortão', diz o jovem emo Rafael.
Mas o que distingue os emos não é só a música, e sim as atitudes. Eles têm em média entre 11 e 18 anos e, nas roupas, são capazes de misturar as botas do punk, o colar de Wilma, a mulher de Fred Flintstone, e uma camiseta com a gatinha Hello Kitty. Não escondem os sentimentos, expressam abertamente suas emoções, preconizam e praticam a tolerância sexual.
“Os emos têm um estilo de vida compatível com minha sexualidade. São menos preconceituosos”, diz o paulistano Rafael Adami, de 15 anos, que afirma já ter namorado meninos e meninas.
“Gosto de meninas, mas isso não me impede de achar o estilo de outro cara legal”, diz o gaúcho Douglas Palhares, de 17 anos.
“Nossa sociedade é discriminadora”.Rola mais preconceito contra os meninos emos. Só porque eles são sensíveis”.Fernanda Rocha, 17, que namora o emo Bruno Tonel.

Esse tipo de comportamento tem alarmado muitos pais. 'Estranhei quando ele começou a pintar os olhos e as unhas', diz Dalva Bonfim, mãe de Rafael, que afirma ser bissexual. 'Fiquei deprimida quando ele me contou. Mas, mesmo sem aceitar, respeito a opção dele.' Também há um enorme preconceito contra a tribo. Não é incomum que os emos sejam insultados ou até agredidos por outros jovens. Na Galeria do Rock, em São Paulo, onde se reúnem às sextas-feiras, são freqüentes arrastões em que a garotada, perplexa, é expulsa do local a tapas por punks mais velhos - supostamente, a inspiração dos emos. ä Os próprios donos das lojas desconfiam da presença infanto-juvenil, dizem que os emos espantam fregueses. Na escola, a discriminação também é forte. Um adolescente emo de um tradicional colégio paulista foi alvo de agressão dentro da escola depois de publicar no Orkut uma foto em que beijava um colega. Teve de sair da escola e hoje está em intercâmbio na Europa. 'Na rua, tem gente que me chama de sapatão', diz a emo Laura Battaglia, de 14 anos. Os comentários mais maldosos ficam para os meninos. 'Já disseram que eu era gay e me chamaram de emocinha', diz Bruno Tonel, de 17 anos, de São Paulo.Ele diz namorar uma garota emo e afirma não se importar em ter amigos sexualmente flexíveis.
Para Regina de Assis, doutora em Educação pela Universidade Columbia, a tolerância é o traço de comportamento que distingue os emos de outros jovens. 'A atitude dos emos irrita outros jovens porque eles não temem os sentimentos, enquanto a maioria dos adolescentes busca afeto optando pela agressividade', diz. Há várias comunidades no Orkut dedicadas a atacar os emos. Os nomes de algumas beiram o bizarro, como 'Hitler também era emo'. Alguns fãs de música emocore afirmam que existem muitos 'paraguaios' - gíria usada pela turma para caracterizar aqueles que se fazem passar por emos sem entender nada da cultura. Muitos nem gostam da música, mas adotam as mesmas roupas e acessórios.

Em menos de um ano, os emos invadiram as ruas dos centros urbanos do Brasil. Em São Paulo, eles se reúnem na saída das escolas, em lojas de artigos de rock, em shows no Hangar 110 ou em casas noturnas como Attari e A Torre. Por serem muito jovens, não ficam até altas horas da madrugada na balada. 'Quando saio, volto para casa à meia-noite', afirma Fernanda Rocha, de 17 anos.
Apesar das peculiaridades, os emos apresentam o traço comum a todo adolescente: andar em grupo. 'A escolha do grupo pode ser casual, seus amigos são daquele jeito e você acaba indo na deles. Ou, então, a tribo acaba refletindo algo de sua biografia, de sua maneira de ver o mundo', diz Miguel Perosa, professor de Psicologia da Adolescência da PUC-SP. 'A atitude emo mostra um esgotamento do modelo ocidental, em que os jovens tentam se afirmar pela violência ou pelo consumo', diz Regina Assis. 'Os punks ou funkeiros se impõem pela agressividade. Os emos querem se fazer aceitos pelo amor. É uma forma radical de reação contra o desencanto que vive a juventude.'
O maior veículo de disseminação da cultura emo é a internet. Ali circulam a música, os bate-papos e as modinhas. Como não há no Brasil bandas do estilo emocore em grandes gravadoras, os músicos emos preferem colocar suas músicas em sites. Em pouco tempo, elas viram hits na tribo. 'Existem bandas que, somente com a divulgação na internet e shows, vendem 10 mil discos. Muito artista de gravadora grande não chega perto disso', diz Eduardo Ramos, diretor do Departamento Internacional da gravadora Trama.

No Brasil, o movimento ganhou força nos últimos meses e assumiu traços próprios. Uma das bandas locais favoritas é a Fresno, que afirma fazer um 'roquenrol emotivo'. Apesar do sucesso, a Fresno teme a moda. 'A estigmatização pode queimar a música, porque quem não gosta nem se dá ao trabalho de ouvir', diz Lucas Silveira, vocalista da banda. Os emos podem não resistir no futuro às tribos emergentes. Esses alunos do jardim-de-infância da cultura pop têm na ponta da língua a resposta para os problemas da transição entre a infância e o mundo adulto. 'A gente se abraça porque é disso que mais precisamos nesta fase da vida. E não recebemos isso dos outros'

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